Rede de Pesquisa e Inovação em Energias Renováveis do Ceará é lançada na Fiec e conta com a participação da SDE e do Complexo do Pecém

14 de março de 2024 - 15:36 # # #

Texto - Ascom do Pecém Fotos - Fiec

Diante das oportunidades que surgirão a partir da instalação do Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém e do potencial do Ceará na produção de energias renováveis, foi lançada nesta quarta-feira (13), a Rede de Pesquisa e Inovação em Energias Renováveis do Ceará (Rede Verdes). A iniciativa é pioneira no Estado e tem como objetivo a realização de pesquisas básicas e aplicadas de forma colaborativa e multidisciplinar para transferência de tecnologia para o setor. Realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o evento contou com uma palestra do presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, que falou sobre os Desafios para o desenvolvimento tecnológico do H2V e das energias renováveis no Estado do Ceará: a visão da CIPP.

Em sua apresentação, ele pontuou que, para aproveitar todas as oportunidades que o hidrogênio verde oferece é preciso estimular a inovação. Por isso, será implantado um Centro de Inovação em Combustíveis Sintéticos Renováveis, no Pecém, vislumbrando a possibilidade de produção de produtos com maior valor agregado para os mercados interno e externo.

“Já temos recursos assegurados pelo Banco Mundial e Fundos de Investimentos Climáticos de US$ 6,5 milhões para a implantação desse centro. Além da nossa equipe, trabalhamos com o SENAI Ceará e com a Adece (Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará), que têm sido fundamentais para a formatação desse equipamento. O convite que eu faço aqui à Rede Verdes é que ela possa participar também dessa concepção”, disse o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo.

Para Fábio Feijó, secretário-executivo de Comércio, Serviços e Inovação, a iniciativa Redes Verdes está alinhada com a política do Governo do Ceará. Ele afirma: “Esta política de desenvolvimento é baseada em três grandes iniciativas no que diz respeito ao Hidrogênio Verde. A primeira é efetivamente tornar o Estado do Ceará o maior produtor de hidrogênio verde, não apenas do Brasil, mas globalmente. A segunda estratégia é, uma vez que produziremos hidrogênio verde, atrair indústrias que precisam descarbonizar para consumir o hidrogênio verde produzido aqui no Estado do Ceará. E a terceira iniciativa estratégica é precisamente a Rede Verdes, ou seja, estabelecer centros de excelência, de pesquisa e inovação, para auxiliar o Estado do Ceará, o Brasil e o mundo a se descarbonizar e realizar uma transição energética correta, com tecnologia de baixo custo e eficiente. Parabenizo o Governador Elmano de Freitas por colocar isso como prioridade em sua agenda, e o titular da pasta, Salmito Filho, sendo o responsável pela política de desenvolvimento do Estado do Ceará”.

A Rede surgiu a partir de um edital de fomento da Funcap, lançado no ano passado, visando a geração de conhecimento, a formação de recursos humanos qualificados e o desenvolvimento de soluções tecnológicas para uma transição energética sustentável.

“Embora seja um grupo acadêmico, a Rede é uma ação grande, transversal, que envolve muitas instituições, pesquisadores, alunos, mas também as empresas, a indústria. O desafio é converter temas científicos importantes em aplicação para a indústria. Esse não é um desafio simples, mas essa convergência precisa ser uma busca permanente e a Rede é uma experiência que irá proporcionar essa convergência. É uma satisfação para a Funcap ser a agência fomentadora, juntamente com outros atores, como a FIEC, de tudo isso”, apontou o diretor de Inovação da Funcap, Jorge Barbosa Soares.

Ao todo, cerca de 100 pesquisadores ligados a 26 unidades de pesquisa (laboratórios) de 14 diferentes instituições compõem a Rede Verdes, distribuídos inicialmente entre 12 projetos de pesquisa multidisciplinares, em quatro áreas temáticas: energias renováveis, transporte e combustíveis sintéticos, aplicações industriais e hidrogênio verde. Os projetos são fruto de ações integradas entre as unidades de pesquisa cearenses em várias áreas de atuação, indo desde a pesquisa fundamental, como base para desenvolvimentos posteriores em temáticas estratégicas do setor de energias renováveis, até a gestão da inovação, que atuará como vetor integrador entre as atividades de pesquisa e o setor industrial. O apoio da Funcap prevê o subsídio de R$ 16 milhões para o projeto durante seus quatro anos de execução.

A superintendente do IEL Ceará, Dana Nunes, destacou a satisfação da Fiec em fazer parte da Rede. “É um orgulho fazer parte da construção da Rede e ver todo esse desenvolvimento, que tem como elo a união de tantas competências de pesquisadores e instituições diversas, focando no avanço dos projetos que certamente irão impulsionar o desenvolvimento do Ceará. Desde que o IEL se tornou um ICT a gente vem trabalhando para se conectar cada vez mais com o ecossistema cearense. Estamos à disposição para contribuir com essa jornada e fazer esses projetos voarem, favorecendo o desenvolvimento do nosso Estado”.

A abertura do evento contou também com a participação do diretor Regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Ceará) e superintendente do Serviço Social da Indústria (SESI Ceará), Paulo André Holanda; da vice-reitora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Diana Cristina Silva de Azevedo; do reitor da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Hildebrando dos Santos Soares; da pró-reitora de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Joélia Marques de Carvalho; e do coordenador geral da Rede VERDES, Célio Loureiro Cavalcante Jr.