O projeto Algodão no Ceará marca a retomada do cultivo do produto no estado

4 de setembro de 2024 - 18:35 # # # # # #

Ascom SDE

Governo do Estado, em parceria com a Faec, Fiec, Sebrae e Embrapa, busca impulsionar o setor e anuncia investimentos da familia Brunetta no Cariri.

O governo do Estado do Ceará, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária (Faec), a Federação das Indústrias (Fiec), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), lançou nesta quarta-feira, (4), o “Projeto Algodão do Ceará”. Segundo os organizadores, é mais um grande desafio no desenvolvimento do setor qualificar o algodão cearense, ampliando e desenvolvendo a cultura do produto. Participaram do evento, realizado em um café da manhã no Centro de Eventos, o secretário do Desenvolvimento Econômico (SDE), Salmito Filho; o presidente da Faec, Amílcar Silveira; o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante; o secretário-executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro; o diretor do Sebrae, Alci Porto; o representante da Embrapa, Fábio Aquino; além de 150 convidados, a maioria empresários do setor agropecuário de outros estados. A mobilização para o evento recebeu o apoio da Fertsan e do Instituto Centec.

Na ocasião, foi anunciada a aquisição de três mil hectares de terras no município de Araripe, na Chapada do Araripe, por parte da família Brunetta, renomada produtora de soja do Mato Grosso. A área será destinada ao plantio de algodão, soja e outras culturas. A notícia foi recebida com entusiasmo pelos participantes, que aplaudiram Eloi Brunetta e seu filho Gianni, os quais expressaram seu compromisso com investimentos significativos no Ceará.

O secretário Salmito Filho, acompanhado por Amílcar Silveira e Ricardo Cavalcante, destacou a importância do projeto para a retomada do protagonismo do Ceará na produção de algodão. Eles reforçaram o alinhamento entre agricultura, indústria e governo para impulsionar o setor.

Para o secretário Salmito Filho, esse projeto é uma importante iniciativa. “Temos regiões no Ceará, como a Chapada do Araripe, a Chapada do Apodi e até a Chapada da Ibiapaba, que são propícias para uma grande produção de algodão. Já temos investidores adquirindo áreas, somando 12.500 hectares na Chapada do Araripe. O governo do estado apresentou toda a logística do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, que será integrado à região produtora de grãos Matopiba via Transnordestina. Com essa infraestrutura, o Ceará poderá receber esses produtores, que terão a oportunidade de produzir algodão de alta qualidade, abastecer o quarto maior parque têxtil do Brasil e exportar para o mundo. É um esforço conjunto entre o governo, Faec e Fiec, criando mais oportunidades produtivas e de geração de emprego e renda para o estado”, destacou.

Segundo o secretário-executivo do Agronegócio da SDE, Sílvio Carlos Ribeiro, que também estava presente no evento, a ideia foi apresentar o Ceará como um potencial produtor do algodão, como já foi no passado. “Na década de 70, década de 80, o Ceará era o protagonista no setor do algodão. E depois quando chegou o bicudo, nós tivemos essa interrupção, caímos muito ao longo dos anos. Fomos saindo da cadeia do algodão, apesar de que a cadeia do algodão deixou um legado forte que é a indústria textil”, lembra Ribeiro.

Salmito Filho, Eloi Brunetta, Elmano de Freitas e Gianni Brunetta durante o 14° Congresso Brasileiro do Algodão

Gianni Brunetta, filho do produtor Eloi Brunetta, que participa com o pai do 14° Congresso Brasileiro do Algodão realizado até esta quinta-feira em Fortaleza, destacou que, depois de ter iniciado a produção de algodão no Cariri, mais dois amigos já compraram terras por lá, e outros quatro amigos também já estão interessados em investir na região.

“Com esse novo projeto, o Ceará vislumbra um futuro promissor para o cultivo do algodão, marcando o início de uma nova fase para a agricultura no estado”, ressalta o secretário Salmito Filho.