Nova fronteira agrícola pode aproveitar mercado crescente para os produtos orgânicos
10 de março de 2022 - 15:15 #Acerola #Agronegócio #Fruticultura #Plantação
A nova fronteira agrícola que está sendo cogitada para o Ceará, na região dos sertões de Crateús, pode ter foco na produção orgânica – e com ênfase inicial na produção de acerola e outros produtos ricos em vitamina C – que hoje tem elevada demanda no mercado, avalia Erildo Pontes, coordenador de recursos hídricos para o agronegócio da Sedet.
Erildo Pontes leva em conta, além de questões relacionadas à demanda do mercado, a conclusão futura da Barragem Fronteiras, no rio Poti, com capacidade de acúmulo superior a 448 milhões de metros cúbicos e que vai elevar a oferta de água para o agronegócio em Crateús e municípios vizinhos.
Além disso, segundo Pontes, trata-se de área ainda pouco explorada pelo agronegócio, possui solos férteis e, portanto, capacidade de desenvolver novos negócios em bases sustentáveis – sem uso acentuado de produtos químicos. “Entre essas culturas, a acerola pode ser uma boa alternativa”, pontua.
De acordo com o coordenador da Sedet, todas as grandes empresas produtoras/exportadoras de frutas no Ceará querem comprar acerola, fruta rica em vitamina C e de grande procura no mercado internacional. “Podemos plantar, de imediato, mais de 500 hectares irrigados que vai haverá comprador”.
Ele cita como exemplo a fazenda Nutrilite, na Serra da Ibiapaba, considerada a maior produtora mundial de acerola orgânica. “É uma empresa de origem norte-americana, com uma base grande de produtos feitos a partir da acerola. Prova de que há mercado promissor”.
“Outra vantagem, segundo ele, é que hoje há variedades de acerola mais produtivas e com maior concentração de vitamina C. Evidente que essa não é essa única opção: o caju, o limão taiti e o maracujá também têm muito potencial para cultivo orgânico, são ricos em nutrientes e são plantas adaptáveis ao clima daquela região”.
Conforme Erildo Pontes com as águas do açude Fronteiras, as novas tecnologias desenvolvidas para cultivo no semiárido e a atenção que vem sendo dada a produtos orgânicos a região de Crateús tem real potencial para se tornar um polo de agronegócio importante, somando-se a outros já existentes no Ceará.