Ceará participa com êxito de rodada de agronegócios na Espanha

10 de outubro de 2021 - 10:04 # # #

Os representantes cearenses na segunda maior feira mundial de fruticultura, que ocorreu entre os dias os dias 05 e 07 de outubro, em Madrid, voltaram animados em relação à abertura de novos mercados e possibilidades de atrair investimentos.

“Percebemos a retomada de compras por vários países na (Holanda, Espanha, Reino Unido) e no Oriente Médio. E também interesses em investir Ceará no setor do agronegócio”, relata Sílvio Carlos secretário-executivo do agronegócio da Sedet.

Na Espanha o secretário Sílvio também visitou a região da Galícia, com tradição na área da pesca e que já investe no Ceará por meio da Crusoé Foods – com processamento e exportação de atuns, principalmente.

Além disso ele teve encontro com o empresário Ricardo Steinbruch, do Grupo Vicunha, que confirmou a disposição de investir em fruticultura no Ceará. O Grupo Já investia em Pernambuco e no Rio Grande do Norte.

“Agora vamos assumir, investir e modernizar duas fazendas de frutas no Ceará, com investimento próximo a R$ 07 milhões”, Informa Altamir Martins, controlador do segmento de agronegócio (Finobrasa) do grupo Vicunha.

As fazendas, somadas, têm 180 hectares já plantados nos municípios de Quixeré e Beberibe. “Podemos ampliar a área cultivada para 300 hectares. Por isso foi importante o encontro, na Espanha, com o secretário Sílvio Carlos”, acrescenta Altamir Martins.

Ele afirma que a produção no Estado, com preponderância de manga, tende a ser diversificada para atender o mercado externo. “O Grupo Vicunha já tem investimentos no Ceará e agora estamos confiantes no segmento da fruticultura”, afirma.

Novos mercados

De acordo com o secretário Sílvio Carlos, após pandemia covid-19, a feira na Espanha deixou boa impressão para os produtores cearenses. “Nosso stand na feira não era o maior, mas foi um dos mais visitados”.

As projeções, segundo o secretário Sílvio, já indicam que esse ano as exportações de frutas serão superiores às registradas 2020, quando as vendas internacionais superaram U$ 69 milhões (sem incluir outros produtos do agronegócio)

“Há uma demanda crescente por produtos da fruticultura e também uma retomada de alguns negócios que sofreram com a escassez de hídrica, a exemplo da água de coco. A tendência é de retomada expressiva de investimentos e vendas”, diz.

Na avaliação do secretário Silvio Carlos essa tendência já vinha sendo observada há alguns meses, mas a pandemia prejudicou o mercado. “Houve um momento de falta de logística e até contêineres para exportar a produção. Isso já está sendo superado e agora temos boas expectativas”.

Além da Europa e Oriente Médio, diz o secretário Sílvio, há possibilidades crescentes no mercado Asiático, com destaque para a China. “Há grande interesse na produção de frutas do Ceará e também de outros segmentos do nosso agronegócio, incluindo a economia do mar (pescados)”.