Sedet em ação. Secretaria vem trabalhando para ajudar governo na retomada da economia cearense

13 de julho de 2020 - 11:25 # # # # # # # # # # #

Desde o início de março, o Governo do Estado do Ceará vem adotando ações com dois focos: primeiro, salvar vidas; além disso, evitar transtornos para a economia cearense. Nesse período algumas secretarias passaram a ter maior protagonismo e visibilidade. Outras, de maneira diferente, continuaram trabalhando e planejando o futuro do Ceará.

Mesmo de forma virtual, a Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet) e suas vinculadas, por exemplo, tentaram manter a rotina, elaborando projetos e monitorando questões relacionadas à economia, ao emprego e à renda dos cearenses. Também propondo estratégias para auxiliar empresas e setores que estão fragilizados.

Nos últimos meses houve lacunas nas tratativas de atração de negócios, pois muitos investidores se sentiram impedidos de visitar o estado ou realizar novos negócios por causa da pandemia da Covid-19. A economia estadual anotou os impactos e sofreu perdas, com evidente queda no emprego – tanto formal como informal.

Contudo, o Ceará vem trabalhando para superar a pandemia e estará pronto para celebrar acordos comerciais, estimular novos negócios e atrair investimentos à medida em que cenário permitir. Tradicionalmente o Ceará é um estado organizado, e isso será fator decisivo na retomada da economia.

Sedet

Durante a pandemia a produção da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Trabalho permanece quase inalterada. Reuniões e avaliações têm sido realizadas de forma virtual; propostas estão sendo concebidas e levadas ao governador em relação ao desenvolvimento econômico e novos projetos estão sendo elaborados.

A gestão interna da Sedet está ativa e trabalha o plano de mudança para nova sede no Centro de Eventos; e a Comunicação está cumprindo suas metas – mantendo o cronograma de publicações e de atendimento às demandas da Casa Civil e da imprensa. E as vinculadas, dentro do possível, continuam oferecendo serviços aos cearenses.

Jucec

É o caso da Junta Comercial do Estado do Ceará Ceará (Jucec), que vem evoluindo de forma significativa desde 2019 quanto à informatização. Atualmente todos os serviços são prestados de forma digital e o fechamento e/ou abertura de empresas são realizados, em média, em menos de 48 horas.

Além disso, durante a pandemia a Jucec ampliou canais de atendimento virtual e o número de abertura de pequenos negócios tem aumentado. A Junta comercial também vem trabalhando ações de capacitação de servidores, contabilistas e empresários.

Adece/Codece

Uma das principais vinculadas da Sedet, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Adece) observa com preocupação o recuo da economia e de algumas das suas próprias atividades mas trabalha firme para compensar perdas e buscar soluções.

Alguns eventos presenciais promovidos pela Adece foram reduzidos no primeiro semestre de 2019 – caso de feiras, eventos e encontros de negócios patrocinados pela Agência, que caíram de cinco para um em relação ao mesmo período do ano passado

Ainda assim, a Adece, neste ano, vem trabalhando noutras frentes, estimulando, por meio do Grupo de Enfrentamento Econômico, dez segmentos ou cadeias produtivas: Alimentos e Agronegócio; passando por Logística e Comércio Exterior; até a Economia Criativa e afins, entre outros.

Também ampliou o monitoramento de empresas beneficiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Industrial (FDI), cujo número vai crescer 11,4% em 2020. O próprio FDI tende a passar por aprimoramento, para disponibilizar mais informações e com maior rapidez aos gestores. Em outros segmentos as posições permanecem quase inalteradas. Gerenciados pela Companhia de Desenvolvimentodo Ceará (Codece), em 2019 o estado possuía 15 imóveis cedidos a empresas, gerando 5,5 mil empregos cujo investimento somava mais de R$ 105 milhões. Em 2020: 16 empresas incentivadas e 5,6 mil postos de trabalho.

Convém ressaltar o decréscimo entre jan/maio 2020, no comparativo a igual período do ano anterior, em relação ao quesito investimentos – especialmente no que se refere a infraestrutura e galpões, cuja redução se aproxima de 65%.

Contudo, importa destacar algumas iniciativas em relação ao fomento implementadas nos primeiros meses de 2020, a exemplo da conclusão do BI de monitoramento das empresas beneficiadas pelo FDI ou a criação da plataforma on-line de buscas por linhas de crédito.

A Adece também vem realizando uma série de ações nesse momento de convivência com a pandemia. Desde providências internas em relação à saúde até a celebração de protocolos de empresas que demandam o Conselho de Desenvolvimento Industrial (Cedin) – R$ 3 bilhões, em 17 municípios, gerando 32 mil empregos entre 2019 e 2020.

Adagri

Devido à pandemia, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) anotou queda de atividade em relação ao principal serviço, a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA). Mas ainda assim, manteve suas atividades e registrou incremento em outras esferas.

Houve, por exemplo, aumento dos projetos analisados e registros de produtos de origem animal (POA). De janeiro a maio 2020 foram emitidos 2.276 Certificados Fitossanitários de Origem (CFOs) pelos Responsáveis Técnicos das propriedades rurais e 1.886 Permissões de Trânsito de Vegetal (PTVs), facilitando a comercialização dos produtos no mercado cearense, para outros estados, bem como exportações.

Na prática, em relação a igual período de 2019, houve um acréscimo nos indicadores de quantidade de CFOs e PTVs emitidos em torno de 18,6% e 17,7%, respectivamente.  E aumento de 20,6% de frutas comercializadas através de CFOs, além de expansão de 12,8 % nas frutas comercializadas através por meio de PTVs.

Complexo do Pecém 

Problema mundial, a pandemia do Covid-19 deixou evidente seus impactos nas economias regionais e locais quando analisados os números relativos a movimentação portuária e exportações.

Comparado o período jan/junho de 2020 com os seis primeiros meses do ano anterior, a movimentação no Complexo do Pecém caiu10%. Os desembarques recuaram cerca de 15%, e produtos exportados aumentaram em 4%.

 ZPE

Praticamente o mesmo sucedeu com Zona de Processamento e Exportação (ZPE), localizada no Complexo do Pecém, que apresentou queda de 13,2% na movimentação de cargas no comparativo de janeiro a maio 2019/2020. Redução de 5,129 milhões de toneladas para 4,452 milhões de toneladas (queda de 676,394 milhões de toneladas).

A queda mais acentuada foi na movimentação de minérios, que decresceu de 1,990 milhão de toneladas para 1,593 milhão de toneladas (decréscimo de 19,9%). Convém ressaltar que quase todo desempenho da ZPE está associado à operação da Companhia Siderúrgica Pecém (CSP), que exporta produtos para vários países.

IDT

Embora a demanda por serviços prestados pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) quase não tenha sido alterada entre janeiro e maio de 2020, os impactos da pandemia foram acentuados quando são analisados dados do Caged sobre emprego formal.

Nos cinco primeiros meses de 2020 foram eliminados 36.216 postos de trabalho com carteira assinada no Ceará, resultado este bem superior ao observado em igual período do ano passado (-7.030). O problema começou em março e apresentou pico no mês de abril.

Comparando maio de 2020 a igual mês do ano anterior houve eliminação de 9.476 empregos formais, conta resultante de 14.347 admissões contra 23.823 desligamentos. Os setores mais afetados pela redução foram serviços (-3.640 empregos), indústria (-2.757), comércio (-2.308), construção (-573) e com menor intensidade a agropecuária, com a eliminação de 198 postos de trabalho

Nesse período o IDT manteve seus serviços plenamente ativos. A demanda nos primeiros cinco meses de 2020 permanece se assemelhou ao mesmo período do ano anterior, em relação a atendimentos, requerimentos e emissões de carteira de trabalho, por exemplo.

Nesse momento desafiador, o que se passa com o IDT e outras vinculadas é simbólico. Implica em reconhecer e conviver com as dificuldades, agir de modo transparente e manter inalterada as rotinas de funcionamento e prestação de serviço à população.

A Sedet pretende mais. Que novos projetos sejam concebidos e que a criatividade prevaleça nesse momento de enfrentamento da pandemia mas com provável retomada dos investimentos econômicos ainda no segundo semestre deste ano. O Ceará tem condições de partir na frente nesse processo.

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