IDT divulga estudo sobre trabalho intermitente e em tempo parcial no Ceará
16 de setembro de 2019 - 11:31 #GovernodoCeará #IDT #sedet
Ana Clara Braga / Ascom IDT
O Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, por meio de sua Coordenação de Planejamento e Negócios, acaba de divulgar um estudo atual sobre a geração de empregos formais nos regimes intermitente e em tempo parcial no estado do Ceará, em decorrência das alterações na Consolidação das Leis do Trabalho implementadas a partir da vigência da Lei 13.467, de 13 de julho de 2017, popularmente conhecida como reforma trabalhista. A apresentação ocorreu na manhã dessa quarta-feira, 18 de setembro, na Unidade do IDT do Centro.
Para alcançar tal objetivo, foram utilizadas séries não ajustadas dos números de admissões, de desligamentos e de empregos criados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério da Economia, no horizonte temporal de novembro de 2017 a maio de 2019, utilizando-se de diversos níveis de desagregação dos dados para melhor entender a dinâmica recente desse tipo de contratação no Ceará e conhecer mais pormenorizadamente o perfil dos empregados contratados em tais modalidades (sexo, faixa etária, instrução, ocupação, setor de atividade, média salarial, etc.).
Dentre os principais resultados para o referido período, o estudo revelou importante impacto (65,8%) dessas modalidades de contratação no total de empregos gerados pela economia cearense (10.893 empregos adicionais), apesar da discreta relevância no fluxo de trabalhadores. Foram 2.519 novos empregos intermitentes e 4.647 empregos em tempo parcial, totalizando 7.166 empregos gerados, o que indica que de cada dez empregos gerados no mercado de trabalho formal do estado, 6,6 ou foram intermitentes ou em tempo parcial, uma participação (65,8%) muito acima da média nacional (27,1%).
Quanto ao perfil dos empregados, os empregos gerados foram relativamente bem distribuídos entre homens e mulheres, com elas tendendo mais para o emprego em tempo parcial, a maioria das vagas fora ocupada por empregados mais jovens e, em grande número, com escolaridade mínima de nível médio completo, trabalham preferencialmente nos serviços, em pequenos ou grandes estabelecimentos, na maioria dos casos, e expressiva parcela percebe salários mensais de até 1,5 salário mínimo.
Ademais, no Ceará, a média salarial de admissão no emprego intermitente foi calculada em R$ 979,68 e no emprego em tempo parcial, R$ 925,16, para uma média estadual de R$ 1.256,94, no período de novembro de 2017 a maio de 2019.